sábado, 1 de outubro de 2016

QUEM SOU EU?

Eu trabalho no câmpus Campos do Jordão do IFSP como Técnica em Assuntos Educacionais na Coordenadoria Sociopedagógica do câmpus.
Cursei o magistério e sou pedagoga por formação.
Tenho 2 pós-graduação: uma em Gestão Pública pela UCDB e outra em Tecnologia, Formação de Professores e Sociedade pela UNIFEI.
Possuo também um curso de libras  pelo Instituto SELI.


terça-feira, 27 de setembro de 2016

A pessoa com deficiência na minha história de vida



Ao refletir sobre a minha história de vida, sempre tive convivência, contato com pessoas portadoras de deficiência.
Isso começou na minha infância, com o nascimento do meu primo com Síndrome de Down. Foi um começo muito difícil para minha tia, afinal eram muitos os desafios. Desafios esses enfrentados com coragem e determinação. Mesmo com dificuldades financeiras a minha tia nunca deixou que faltasse nada para meu primo.
Meu primo na infância e adolescência frequentou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE. Mesmo apresentando uma dificuldade na fala, o meu primo gosta de conversar. Ele é muito carinhoso, tem alegria em viver, gosta muito de música e é um grande companheiro da minha tia. Hoje ele está com 37 anos de idade. Eu frequento a casa dele e ele a minha. Sempre tive um bom relacionamento com o meu primo.
Quando me formei professora, comecei a trabalhar em escolas da zona rural do município, em salas multisseriadas. E assim, tive a oportunidade de conviver com uma aluna com deficiência física. A aluna tinha dificuldade de locomoção, mas não usava muletas. Ela era muito independente. Apresentava dificuldade de aprendizagem. Mesmo com as suas limitações, a aluna participava das atividades escolares e lúdicas e das brincadeiras na hora do recreio. As outras crianças a respeitavam e cuidavam bem dela.
Depois disso comecei a trabalhar em uma escola da zona urbana. Nessa escola não trabalhei com nenhuma criança portadora de deficiência, porém a escola começou naquela época a receber alunos com deficiência. Primeiro foi uma cadeirante e depois um aluno com Síndrome de Down. A comunidade escolar começou assim a conviver diretamente com esses alunos, interagindo, observando suas dificuldades, seu desenvolvimento, sua socialização e suas vitórias. Realmente é uma experiência de vida.
Em 2009, comecei a trabalhar no câmpus Campos do Jordão do IFSP. Em março de 2012, iniciamos um programa somente para mulheres em situação de vulnerabilidade, denominado PROGRAMA MULHERES MIL. O programa tinha como prioridade atender cerca de 100 (cem) mulheres residentes no município que além do curso de qualificação profissional na área do artesanato, as alunas tinham acesso a diversos conhecimentos como: saúde da mulher, direitos da mulher, empreendedorismo, aulas de português, matemática, meio ambiente e informática.
Eu era uma das gestoras do programa. E depois de toda uma divulgação nos bairros do município, tivemos o período de matrícula. E assim se apresentou uma candidata ao curso sendo portadora de deficiência visual. A aluna foi acolhida com toda atenção e carinho por todas nós e participou de todas as atividades do programa e ao final recebeu o seu certificado de conclusão de curso. Foi uma experiência enriquecedora e gratificante para todos, tanto para as alunas, como para nós servidores do câmpus. Todos estavam envolvidos neste desafio. Eram todos ajudando uns aos outros.
Atualmente o câmpus Campos do Jordão tem um cadeirante, um deficiente auditivo e um aluno com um comprometimento em um dos membros superiores, e todos são atendidos com muito respeito, atenção, carinho e valorização pelo Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas - NAPNE, conforme suas necessidades.
           E finalizo a minha atividade com uma frase de Piaget: